Com dois modelos com versões flex híbridas em sua linha de montagem nacional, a Toyota deve anunciar, ainda este ano, a chegada de um terceiro. Trata-se de um SUV compacto que muito provavelmente terá porte e, quem sabe, até linhas semelhantes aos do atual Yaris Cross vendido na Europa.
Outra possibilidade é nascer com alguns dos traços do também SUV Raze, um modelo bem compacto vendido na China e no México. Aqui, porém, o futuro SUV deve ter uma plataforma diferente e ser um pouco maior – muito em função das características de nosso mercado.
Aqui, a maior parte dos consumidores procura por modelos em que possam levar a família, contando para isso com quatro portas e um banco de trás com espaço no mínimo razoável para crianças crescidinhas.
Há pouco mais de um ano, em uma de suas coletivas de imprensa, executivos da Toyota brasileira confirmaram que os planos da empresa incluíam o lançamento de mais um modelo híbrido flex no Brasil, desta vez no segmento dos compactos.
Vale lembrar que a marca, como outras, vem diminuindo sua oferta de modelos hatch e sedãs – o Etios, por exemplo, não é mais vendido aqui, embora siga sendo fabricado para exportação –, colocando os mais desejados esportivos utilitários em seu lugar.
Somando A+B, chegarmos à conclusão meio óbvia de que o novo carro compacto será um SUV. E, embora ainda não tenhamos informações confiáveis sobre o modelo, dá para imaginar que ele chegue com um motor a combustão menor do que 1.8 usado nos Corolla sedã e Cross.
E aí voltamos ao Yaris Cross Hybrid europeu, que hoje vem equipado com um propulsor 1.5 de três cilindros que, junto com seu colega elétrico, produz um total de 116 cv de potência e pouco mais de 14 kgfm de torque, destacando-se pela economia: até 29 km/litro na cidade, com autonomia para 800 km.
Opção pelos híbridos puros
A montadora japonesa é das mais adiantadas em termos de eletrificação de seus produtos por aqui, mas, diferentemente de outras marcas, aposta na solução híbrida pura – em que as baterias são alimentadas exclusivamente pelo motor a combustão e pela recuperação de energia.
Isso quer dizer que esse tipo de carro não pode ser ligado à tomadas para recarga e, também, que sua autonomia no modo exclusivamente elétrico é bem limitada se comparada aos do tipo plug-in, ou seja, recarregáveis por cabo.
Isso, no entanto, não é exatamente uma desvantagem, especialmente neste momento em que ainda há relativamente poucos pontos de recarga disponíveis, tanto nas cidades quanto – e principalmente – nas rodovias brasileiras. Se o modelo usar etanol, então, mesmo o fator ambiental será bem vantajoso.
Além disso, como têm baterias menores, os híbridos puros são mais leves e, também, custam menos que seus primos mais, digamos, eletrizantes. E, de toda forma, são bem mais econômicos – e menos poluentes – que os automóveis movidos apenas por motores a combustão, claro.